domingo, 13 de fevereiro de 2011

ainda lembro

Ainda adoro você. Não sei por quê. Talvez seja porque o seu olhar me fazia dançar melhor. Ou porque ninguém mais me chegou com aquele cheiro adocicado no meio de tantos outros, em harmonia com todos os azuis(...)E, atrás dos seus passos largos,no jardim de insônia que você deixou, foi onde melhor escrevi as minhas saudades. Hoje, debaixo do sol e com a cachoeira ao fundo, ainda é por você que eu espero.E se eu pudesse dizer tudo o que já escrevi e calei, seria com uma voz mansa e aveludada: sem os suspiros de horror do início, mas com o mesmo desejo, embora um pouco mais sossegado com o tempo. Tempo que só encheu de poeira sem conseguir apagar(...)Hoje os meu afeto é discreto, e minhas taquicardias semi-ausentes.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

pela vida

Eu transito pela vida, antes doida que doída:
tão sem dono, tão sem rumo, tão sem memória.
Entro em becos, bares, corações.
Saio intacta, sem impacto, saio rápido.
Quem desenha meus caminhos são meus passos.
Quem desenha meus amores são as minhas conveniências.
Eu transito pelas ruas, toda em cores;
Mas escrevo meus amores: antes doida que doída.













Marla de Queiroz